quarta-feira, 30 de janeiro de 2013

Seu(ua) namorado(a) te deu um par de cornos e/ou um pé na bunda? Darwin, não Freud, explica.

Outro dia, uma jovem colega de trabalho teclava freneticamente o seu smartphone logo após terminado o expediente e soltava agudas exclamações, pontuadas com a paulistaníssima expressão "num tô inteindeinnnnndo", ao ponto em que eu me detive antes de voltar para casa e indaguei à moça o que diabos estava acontecendo. Ela, quase sem se desgrudar do telefone e agora munida de um lápis com borracha acoplada na ponta cega e dando vazão ao cacoete de com ele enrolar as longas madeixas, disse que estava recebendo mensagens de várias amigas dando conta de que o namorado de uma delas tinha sido visto aos engates com uma outra moçoila, supostamente muito mais feia que a referida e efetiva namorada dele.

"Num tô inteindeinnnnndo..."
"Calma, filha", eu falei, "eu explico. Quer dizer, Charles Darwin, o pai da evolução, vai te explicar, não eu. Na verdade, é muito simples".

"AHNNNN?"

Não é que ela nunca tinha ouvido falar de Darwin, mas não via uma relação entre a evolução das espécies e a socialmente condenável trasngressão do namorado da amiga dela. Então, eu tentei explicar que, por regra geral, todos os clássicos problemas de relacionamento enfrentados por casais em pleno século XXI decorrem da programação genética humana, basicamente inalterada desde a Idade da Pedra após ter experimentado milhões de anos de evolução por meio da seleção natural. De lá para cá, com o advento da civilização, diminuiu-se quando não se acabou com o processo de livre escolha de parceiros sexuais, bem como se possibilitou que indivíduos que ordinariamente não sobreviveriam e deixassem descendentes sobrevivessem, sobrevivam e se reproduzam. Consequentemente, foi-se às favas com a seleção natural e a espécie humana, ao menos do ponto de vista genético, cessou de evoluir. Logo, o homem e a mulher hoje - de novo, POR REGRA GERAL - nada mais fazem senão manifestar, num contexto moderno e civilizado, seus instintos animais preservados desde que habitavam as cavernas.

"AHNNNNNNNNNNNNN?!"

Antes de efetivamente começar a reproduzir a explicação que fiz à minha colega de trabalho - que lhes asseguro que foi plenamente compreendida por ela e espero que também o seja por quem se der o trabalho de ler isto aqui - eu vou relembrar que já fiz duas ressalvas no sentido de que estou admitida e propositadamente generalizando proposições acerca do homem e da mulher. Ocasionalmente, ao longo deste texto, eu poderei invocar expressões cruas, politicamente incorretas e quiçá brandidas por vertentes declaradamente preconceituosas. Eu estou pouco me lixando com o politicamente correto e exerço aqui minha liberdade de expressão. Quanto a preconceito, nada do que eu vou dizer aqui encerra preconceito nenhum da minha parte. Eu só me socorro dessas expressões para fins de ser imediatamente compreendido quanto ao ponto que elas encerrarem. Portanto, eu efetivamente não tenho a intenção de ofender ninguém nem estou manifestando minha reprovação ao modo de vida A ou B. Se alguém eventualmente se sentir ofendido, terá necessariamente interpretado errado o meu texto. Também devo discriminar que não sou biólogo; tudo o que escrevo aqui é retirado do conhecimento que obtive nas aulas de biologia do hoje assim denominado ensino médio e de textos e trabalhos que li por pura curiosidade e em caráter eventual. Gostaria e ficaria honrado, inclusive, se biólogos ou me validassem ou me retificassem.

Agora, sim.

"Primeiro", comecei, "é necessário entender como a civilização barrou a seleção natural e a evolução genética da espécie humana". Com a civilização, o ser humano criou suas instituições intelectuais, tais como o casamento, monogâmico ou não, arranjado - como continua a ser em muitas culturas, mesmo as ocidentais - ou não. Foram também instituídas diversas convenções sociais de comportamento. Logo, ao contrário do seu antepassado das cavernas, o humano civilizado não tinha e não tem a mesma liberdade de copular com quem quiser nem aonde nem como quiser: não precisa pensar muito nem levantar muitos exemplos para que se possa chegar à conclusão de que o humano moderno copula e se reproduz muito menos e com muito menos parceiros do que o das cavernas. Assim, o humano, ao contrário de virtualmente todas as outras espécies de vida do planeta, hoje deixa de se reproduzir tantas vezes quantas tem oportunidade de fazê-lo. Trata-se de outro mérito específico e estranho ao que pretendo expor aqui, mas, paradoxalmente, isso certamente contribuiu para que o ser humano se tornasse a espécie de vida dominante no planeta. Entretanto, do ponto de vista estritamente biológico, nós de fato não seguimos um preceito que é seguido por todas as outras espécies no seu esforço de se perpetuar, qual seja, a reprodução indiscriminada. E nós assim agimos por conta da nossa cultura, advinda da civilização.

Da mesma forma, outros avanços intelectuais facilitados ou possibilitados pela civilização, tais como a medicina, permitem ou fazem com que indivíduos humanos que no tempo das cavernas não sobreviveriam tempo o suficiente para se reproduzir ou se reproduziriam menos do que outros espécimes mais vantajosos, assim com o tempo deixando de perpetuar a sua linhagem dentro da espécie, hoje resistam, sobrevivam e se reproduzam tanto quanto outros indivíduos naturalmente mais aptos. Sem a civilização, imperava, nas cavernas, literalmente, a lei da selva e o mais forte prevalecia sempre. Uma mulher das cavernas - vou chutar - paria, ao longo da sua vida, umas vinte crianças, sendo que umas três ou quatro sobreviviam. Essas eram as mais fortes e as que menos condições ou defeitos inatos possuíam, que por sua vez geravam tantos outros espécimes em tese no mínimo tão fortes quanto eles, dos quais também uma diminuta fração sobrevivia, fração esta fortalecida que prosseguia promovendo a sua própria linhagem e assim por diante. Hoje, uma mulher dá à luz uma média de dois filhos ao longo da vida e a não ser que o feto padeça de males muito graves, a medicina moderna tem amplas condições de fazer com que esse bebê, que nas cavernas não duraria cinco minutos, nasça, cresça, viva plenamente e se reproduza.

"Portanto, a espécie humana não pratica seleção natural há aproximadamente 50.000 anos, época em que paramos de nos reproduzir feito coelhos e que passamos a ter condições de auxiliar os espécimes mais fracos a sobreviver e a se reproduzir, também."

"Tá. Mas o que que o f.d.p. do fulaninho do namorado da cicraninha tem a ver com isso?!"

"Tem que ele é, geneticamente falando, um troglodita. A genética do partes-baixas-sempre-em-alerta aí é pouquíssima coisa ou nada evoluída em relação ao antepassado dele que gritava uga-buga e dava clavadas nas cabeças dos outros."

"AHN?"

Ora. Pense num troglodita. Ele, como os machos de qualquer outra espécie animal da Terra, não tem nunca a certeza biológica de que a prole que a fêmea, com quem ele acabou de copular, parir será dele, pelo simples motivo de que ele expulsa os gametas dele para fora do próprio corpo e para dentro do corpo da fêmea. Uma vez praticado este singelo ato, ele, das duas uma, ou ia descansar ou ia comer. Comer comida, estou querendo dizer, ele ia se alimentar. Alimentado e/ou descansado, ele ia procurar outra fêmea para copular, pois aquela primeira já estava devidamente galada. Esta mecânica ficará evidente um pouco mais adiante. Mas é isso aí. Basta pensar nos instintos de qualquer espécime macho de qualquer animal e na apresentação fisiológica de cada um deles. Repito, o macho não tem como ter certeza NUNCA de que a prole concebida pela fêmea com quem ele copulou é dele, pois tanto quanto ele, tantos outros machos podem ter inoculado seus gametas na referida fêmea e a prole pode ser de qualquer um deles. Portanto, mesmo tendo diligentemente copulado, o macho não sabe se ele efetivamente se reproduziu e deu a sua contribuição à continuidade da espécie pela promoção da sua linhagem.

Hm. Como resolver esse intrigante problema?

É claro que o macho será atraído por determinadas características da fêmea que lhe indiquem a aptidão dela para parir e alimentar a prole enquanto esta não for autossuficiente - no caso dos homens, eles repararão nos seios grandes, que produzirão leite para os recém-nascidos, e nos quadris mais largos que o tórax, que indicarão que a mulher tem capacidade de parir. Porém, se o nosso herói for muito seletivo, ele corre o risco de não se reproduzir PONTO. Se começar com frescura do tipo "ah, essa é gorda", "essa é magra", "essa é baixa", "essa é alta", "essa é feia", ele pode não espalhar a sua semente de jeito nenhum, mesmo que encontre uma fêmea à altura de todas as suas demandas biológicas e logre copular com ela, pois ela, tanto quanto as outras, pode ter copulado com uma infinidade de outros machos também e acabar por conceber prole somente deles, que literalmente compareceram mais! Portanto, o troglodita, ainda que atraído automaticamente à fêmea ótima - nenhum trocadilho pretendido - acima descrita, tenderá a buscar a cópula com toda e qualquer fêmea que ele encontrar pela frente, pois o máximo que o macho expulsante de gametas pode fazer para tentar garantir a difusão da sua linhagem é injetá-la em tantas quantas e quantas vezes ele puder. Esse raciocínio é corroborado, inclusive, pelo fato do macho expulsar milhões de seus gametas a cada valente emissão de seu sumo gonadal. É óbvio, para competir com os gametas dos outros potenciais homens que galaram a mesma mulher, nada melhor do que enviar à missão o maior número de gametas possível.

"Então, minha filha, sua amiga ou qualquer mulher que passar por uma situação dessas que pare de pensar que deixou de fazer algo que a outra faz, que a outra é mais bonita, 'ai, o que que ela tem que eu não teeeeeeeeeenho?!', porque não tem nada que ver com isso. Você pode ser a Gisele Bündchen que se passar umazinha que cai na água e faz tchibum dando mole pro sujeito, ele vai cair dentro."

"Que horror!"
"Você está lidando com trogloditas, moça, já disse. Quer o quê? Que ele se comporte como um cavalheiro? Cavalheiro é cavalheiro, troglodita é troglodita, pô."
"Mas todo homem é assiiiiiim????" (enrolando freneticamente o cabelo com o maldito lápis emborrachado)
"Não, filha. Já não te disse, é regra geral. Pode apostar que 90% tendem a agir assim. Os que não agem, no dizer popular, são as exceções que comprovam a regra e, no científico, compõem o desvio-padrão."
"Ah, tá".

"A propósito", não me furtei de continuar, "não são só os homens que se comportam animalescamente, cavernalmente; as mulheres, também."
"Como assiiiiim?"

Eu acho que o leitor já deve ter compreendido aonde eu quero chegar.

Pense na mulher das cavernas. Ao contrário do homem, ela, como as fêmeas de todas as demais espécies animais, tem certeza biológica e absoluta de que a prole concebida dentro dela é dela mesma, pois ela não expele seus gametas e a concepção se dá dentro do corpo dela. Não por outro motivo, ao contrário do homem, ela não emite milhões, mas sim um ou, em média, no máximo dois gametas por vez e tampouco o faz toda vez que vê um macho adequado, mas sim somente uma vez por mês. E ela pode se dar esse luxo, de só se colocar disponível para se reproduzir periodicamente, em direta razão do comportamento reprodutivo do macho acima descrito. A mulher e qualquer outra fêmea sabe que de falta de homem/macho ela não vai morrer NUNCA, pois, boa observadora que é, vê que o macho inocula seus nadadores em qualquer coisa que se mova. Se alguns espécimes de homens modernos desenvolveram o hábito na adolescência de bolinar melancias ou papaias é outro papo, mas fato é que é evidente à fêmea que o macho vai copular com qualquer uma em qualquer lugar a qualquer hora se lhe derem oportunidade para isso. Logo, ela não precisa se preocupar tanto com a sua própria formosura - embora seja salutar, para fins reprodutivos, se preocupar um pouco. Basta ela se disponibilizar ao macho, qualquer um. Basta ela "dar mole".

E isso significa também o quê?! Que ela pode - e, comanda a prática consagrada da perpetuação das espécies, deve - escolher a dedo o macho ou machos com os quais copulará. É natural, pois, que a fêmea levante e utilize muito mais critérios para escolha de um parceiro sexual do que o macho. No caso da mulher das cavernas, ela tenderá a escolher aquele macho que, além das características físicas mínimas que lhe indiquem a capacidade reprodutiva do indivíduo, apresente aptidão para prover alimento à própria mulher e à prole que ela conceber - prole essa que a mulher, para tanto, dará todos os indícios ao homem de que é comum a ele - assim como abrigo e proteção. No contexto das cavernas, ela terá sua atenção mais voltada ao troglodita mais forte e habilidoso na busca de alimento, bem como - nevrálgica conclusão que se fará mais didática adiante - cobiçará muito mal disfarçadamente aqueles trogloditas com que outras mulheres já copularam ou regularmente copulam. Isto porque as mulheres/fêmeas tendem a ter os mesmos critérios de seleção de parceiros sexuais e reprodutivos e, assim, o "emprego" de um troglodita por uma determinada fêmea sinaliza às demais que aquele troglodita em especial é apto ao serviço.

"Economiza tempo, né? Exclusividade toda fêmea minimamente esclarecida sabe que não vai ter, então, não rola ter 'nojinho' de pegar um troglodita já 'sujo' da potranca do lado. E se o sujeito já foi utilizado, alguém antes que ela já perdeu tempo analisando o rapaz e chegando à mesma conclusão que ela mesma provavelmente chegaria de que ele serve para as coisas. Então, é para ele, bobear antes que para qualquer outro, que ela vai dar mole, sacou?"
(contrariada) "É. Acho que sim."
"Acha, não. Sabe. Pra cima de mim, agora?"
"Humpf."

Minha jovem e ingênua colega de trabalho pode ficar emburrada à vontade, mas esse padrão de comportamento é geralmente repetido pela mulher moderna, num bizarro tributo à sua antepassada das cavernas. Começo explicando o porquê da mulher ir atrás de homens acompanhados/compromissados/casados e depois dos, dentro do contexto moderno, mais... fortes. Aptos a trazer "alimento" e proporcionar "abrigo" e "proteção".

Há estudos sérios desenvolvidos por respeitados programas de pós-graduação em antropologia que apontam exatamente isso: realiza-se uma experiência em que são inseridos diversos homens solteiros num ambiente qualquer propício ao primeiro encontro de potenciais casais. Introduz-se no recinto uma mulher de atributos físicos normais, dentro do minimamente desejável biologicamente e para a cultura peculiar àquele grupo de homens solteiros. Essa mulher culmina por chamar a atenção de pouco mais da metade desses homens. Introduz-se, então, uma mulher de atributos semelhantes, porém acompanhada de um outro homem: somente uma porcentagem estatisticamente irrelevante notará a presença dela. Agora, ao se inverter o exercício, ou seja, colocando mulheres solteiras para documentar sua reação ao ingresso no recinto de homens medianos, tem-se o seguinte: o desacompanhado chamará a atenção de uma minoria das mulheres. Já o hominídeo semelhante que chega acompanhado de outra mulher chamará a atenção de quase todas!

"Filha, quantos casos você conhece dentre o seu círculo de amizades femininas de uma garota roubando o namorado da outra?!"
"Ah, vááááááários..."
"E de homem roubando a namorada do amigo?"
"Ah, acontece, mas é mas raro, mesmo, né? Vi poucos."

Só para fechar a ilustração, volte-se um pouco ao macho: em tese, a fêmea acompanhada despertará o mesmo fervor que a desacompanhada. Porém, o acompanhante é uma barreira para o macho ávido por se reproduzir, ainda que os atributos da fêmea clamem pela atenção dele. Ele pode vencer ou não essa barreira, mas é certo que ele perderá um tempo precioso nesse exercício, tempo este que pode ser melhor aproveitado assediando e concluindo os afazeres com fêmeas mais disponíveis. Daí o instinto do homem de automaticamente descartar a namorada do amigo: não é porque ele é gente boa, mas sim porque dá trabalho pra cacete!

Mas a mulher não tem nada a perder! Acompanhado ou não, ela sabe que se der mole ao macho, ele dá o jeito dele de cair dentro. Mick Jagger e Jerry Hall, Elvis Aaron e Priscilla Presley, entre outros, que o digam. Ou seja, o tempo que ela perder no exercício de 1) identificar o macho apto; 2) dar mole ao macho apto; e 3) copular com o macho apto é rigorosamente o mesmo seja o macho acompanhado de outra fêmea ou não! Logo, vale, sim, mais a pena se disponibilizar para o macho pré-aprovado, pois esse é garantia de que funciona, em todas as conotações do verbo funcionar.

Explicado está que a mulher, pela bendita regra geral, tende a correr atrás, sim, do troglodita usado/homem casado. Doa a quem doer ouvir isso.

E a explicação, ou melhor, ilustração moderna do segundo aspecto do comportamento sexual da mulher não é nem um pouco mais glamourosa. De fato, ela é asquerosamente resumida por uma máxima atribuída a Olacyr de Moraes, consagrado e bem-sucedido empresário paulistano, velho igual a um cuco, feio de assustar criancinha e que vivia rodeado de beldades onde quer que fosse: "QUEM GOSTA DE PINTO É VEADO; MULHER GOSTA É DE DINHEIRO."

Eu sinto muito. Mas é verdade. POR REGRA GERAL.

O homem moderno não precisa caçar, nem pescar, nem colher: ele precisa ter dinheiro para levar a mulher nos mais caros e chiques restaurantes da moda. Trata-se de um ato perigoso que não sou nem eu, são as revistas de comportamento voltadas ao público feminino que assim caracterizam, pois "fazer propaganda do seu homem pode fazer com que as invejosas vão atrás dele". Éééé. Já cansei de folhear revista Nova em cabeleireiro alertando contra isso, mas mulheres não raro são tão competitivas que fazem questão de humilhar as "derrotadas". É realmente arriscado, mas elas vão dar em cima do sujeito pelo simples fato dele ser comprometido de qualquer forma, embora o comportamento ostensivo dele possa, se for da índole dele, coibir ou ao menos minimizar esses avanços. Prosseguindo. O homem moderno não precisa dar abrigo: ele precisa ter dinheiro para construir um belo dum palacete, e também comprar uma garçonnière, porque ninguém é de ferro. O homem moderno não precisa proteger com os punhos! Ele precisa ter dinheiro para ter seguranças e carros blindados! Ora, bolas! O Eike, o Thor e o Olin Batista juntos não são mais bonitos que eu, isso porque eu também sou feio pra caralho. Mas nem Luma de Oliveira nem paniquete nenhuma jamais se enfileirou na porta da minha casa pedindo pelo amor das entidades celestiais para que eu lhe abrisse a minha braguilha! E antes que me chamem de invejoso, eu insisto mais uma vez em esclarecer que estou enumerando aqui a PORRA DA REGRA GERAL! Eu não ajo como troglodita - ao menos não do ponto de vista sexual - e conheço várias mulheres que tampouco agem como "troglodinetes". Mas nós não somos a regra geral e potencialmente não duraríamos muito nas cavernas.

"Enfim. Para qualquer situação dessas envolvendo casais de que você tiver notícias, à ausência de outra explicação específica comprovada, ou o sujeito é cafajeste, ou a menina é vadia ou ambos. Depois, se neguinho virar pra você ou pra alguma de suas amigas e disser 'amo você, meu coração pertence a você, mas meu corpo de vez em quando eu tenho que emprestar para elaS' OU se alguma das suas amigas roubar o seu namorado, não vá dizer que eu não avisei."
"Ai, que chato você."
"Eu, não. Charles Darwin."
"BLEAAAARGH!"
"Ué."

Então, é isso por hoje, crianças.

2 comentários:

  1. Dani,
    no próximo post vc bem que podia explicar como o ciúmes foi inventado, não?

    De certo modo, nossos antepassados uga-buga pareciam muito mais civilizados que nós.

    Ótimo texto.
    Ri muito.

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    1. Obrigado, Carlota! Sua sugestão será cuidadosamente avaliada, mas adianto que precisarei de um pouco mais de pesquisa para escrever sobre esse fascinante tema.

      Beijos!

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